Banco Palmas

fachada do banco social

Bom dia!!! Estive estes dias em Fortaleza, no Ceará, e foi muito proveitosa a viagem!!!

Tudo começou quando entrei de férias. Eu já tinha decidido que iria viajar, mas não tinha decidido quando. Esta semana que passou, eu decidi meio que encima da hora, agendei a viagem e deixei pra reservar a pousada quando cheguei. Separei na internet previamente, todas as que tinham chuveiro quente, sei lá por que, invoquei com isso. Quando cheguei em Fortaleza, consegui a pousada, e conversando com o taxista, ele me deu uns toques de como me portar no conjunto Palmeiras, aonde fica o banco social Palmas. Ele me alertou o que eu já sabia: este é um dos bairros mais perigosos de lá.

Fui conhecer o projeto que desenvolveu aquele bairro de periferia. O bairro nasceu de uma desapropriação feita pelo governo do estado, feita nos anos 70. As pessoas foram alocadas a este conjunto, mas o governo não cumpriu com a parte dele do trato, que eram as casas, somente fornecendo o terreno.

uma peruana, de uma associação de univertários e Jun, do governo japonês.

As pessoas se organizaram de diferentes formas para a reestruturação do bairro, o que eles conseguiram ao longo de 20 anos. Enquanto isso, numa das várias insurreições, um um grupo de frades católicos participou do projeto, em 1985. João Cabral de Melo Neto Junior Segundo, um dos seminaristas, estudou por quase 12 anos uma forma de desenvolver o bairro. Eles conseguiram levar aguá encanada, luz, linhas telefônicas, criação de casas populares, mas o custo de vida aumentou, o que começou a gerar favelas ao redor do que um dia o era. Em 1997, João Cabral largou a batina, entrou de cabeça na situação, e junto com a associação de moradores, criaram o banco Palmas, que tem uma moeda própria circulando no bairro, como uma forma do dinheiro ser gasto somente lá, trazendo desenvolvimento. Fui lá, depois de 10 anos de projeto em andamento. Hoje, eles são modelo para o mundo. Muitos outros bairros de outras cidades do Brasil (incluindo na própria Fortaleza) tem aderido a este propósito. Lá existem outros projetos de cunho social, que são bancados por empresas. O próximo passo é se tornarem uma cooperativa, para que o banco possa ter correntistas e tudo mais.

na praia de Iracema...eu acho...

No outro dia, fui conhecer mais a cidade, apesar de não ter sido a primeira vez lá. Passeei demais, andei muito mesmo, conheci algumas praias, e a Night, fui conhecer uns colegas da minha irmã, e no outro, fui no shopping e talz…rsrsrsrsrsrs…

Um abraço a todos!!!